domingo, 31 de agosto de 2014

Mordidas: Uma Forma de Expressão e/ou Aprendizagem?

 
As mordidas surgem frequentemente na valência de Creche em salas de 1, 2 e 3 anos, preocupando pais e educadores. No entanto é necessário compreender que esta é uma fase do desenvolvimento comum a todas as crianças desta faixa etária. 
Ao morder, a criança experimenta e investiga a textura (as pessoas são duras, moles, rasgam, partem?) a consistência da pele, o sabor, o cheiro e ainda os efeitos que a sua atitude provoca no outro (o choro, o medo, a reação da educadora). Como tal, morder é também uma forma de conhecer o mundo e de comunicar.
Neste âmbito, morder pode ser algo que fascina, o que leva a criança a repetir a experiência. Porém com o desenvolvimento da linguagem verifica-se uma diminuição do número de mordidas. 

Como agir em contexto educativo?
 
A equipa da sala deve estar permanentemente atenta, de modo a evitar tais situações. Contudo, nem sempre se consegue impedir que as mordidelas aconteçam. 
Neste caso, após a mordida, a educadora deve conversar calmamente com a criança, explicando que a sua atitude magoou principalmente o amigo, mas também os seus papás, os dele e os adultos da sala. Neste momento é importante que se coloque ao nível da criança e que converse olhando-a nos olhos. Depois do diálogo a educadora deve chamar o amigo mordido para lhe pedir desculpa.
Todavia, se as mordidas forem uma prática recorrente é necessário descobrir a sua origem, de modo a encontrar soluções para o problema. Em casos como este é imprescindível a colaboração dos pais. 
Para além do exposto, é ainda importante não julgar, uma vez que se trata de uma questão delicada, não só para os pais da criança que morde como também para os papás da que é mordida. 

No meu primeiro ano de trabalho acompanhei um grupo de 1/2 anos e constatei que as mordidas eram frequentes em parte devido ao espaço se encontrar com pouco material lúdico-pedagógico.
Para colmatar esta situação adquiri um número significativo de brinquedos e construí um conjunto de jogos relacionados com o tema do Projeto Pedagógico de Sala, oferecendo ao grupo uma maior variedade de materiais.
Após alguns dias... o número de mordidas diminuiu consideravelmente.
Existem vários motivos que poderão estar na origem das mordidas, é importante questionar e refletir para posteriormente tentar solucionar!

Síndrome de Asperger na Infância - Para Refletir...

 

Ao observar este vídeo as lágrimas espreitaram, não só pela ternura das imagens e pelo seu texto sensibilizador, mas também pela linda melodia que as acompanham.
Sou tão "pequenina" junto de crianças especiais! Sinto que ainda tenho tanto para aprender nesta área!
As suas histórias de vida são autênticas lições de força e perseverança. É tão bom crescer na sua companhia, crescer de um modo especial numa sociedade justa e igualitária!
Os valores são transmitidos diariamente com o exemplo, nada é tão contagioso como ele!

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Exemplos de Elementos Decorativos Para Sala de Creche


O início do ano letivo aproxima-se... é tempo de pensar na decoração da sala, dos cabides, da porta... é tempo de partilhar experiências e de idealizar o melhor espaço, a melhor decoração.
Aqui ficam alguns exemplos de elementos decorativos utilizados em anos anteriores. Como é possível observar, nas primeiras cinco fotografias a sala encontra-se decorada em torno da temática da Branca de Neve e nas restantes está de acordo com um projeto relacionado com o mar e a arte. Espero que gostem!





















terça-feira, 26 de agosto de 2014

Agenda - Educadores de Infância


Porque este também é um espaço de partilha para colegas da mesma profissão... Este fim de semana, numa visita a uma das minhas lojas preferidas, encontrei a Agenda dos Educadores de Infância da Porto Editora e, tal como nos anos anteriores, apaixonei-me.
Gosto da estética, da disposição e das sugestões de atividades, embora não apropriadas para a valência de Creche. Lamento este facto, uma vez que a educação de infância não se restringe apenas ao Pré-Escolar, começando no Berçário, uma valência tão importante como todas as outras. É certo que cada educador poderá adaptá-las à faixa etária do grupo e às suas necessidades, tornando-as assim atividades transversais. No entanto, ao longo do meu percurso profissional tenho constatado que nos materiais destinados à educação de infância a valência de Creche é desvalorizada, aspeto que me entristece, pois é a si que me dedico todos os dias.

Considerações à parte... Estou pronta para iniciar mais um ano letivo! :)


Processo de Adaptação - Sugestões Para os Papás


Um novo ano letivo aproxima-se... é tempo de acolher papás e crianças, convidando-os para juntos iniciarmos uma nova história. No entanto, as suas primeiras páginas são marcadas por algumas lágrimas que depressa se transformam em brilhantes sorrisos. 
Neste âmbito e porque sei que os primeiros dias são muito difíceis para os papás e também um pouquinho para as crianças, partilho um conjunto de sugestões que poderão facilitar o processo de adaptação.


Papás:
  • Procurem não demonstrar sentimentos de ansiedade e preocupação, uma vez que o vosso comportamento irá influenciar a adaptação do vosso filho. Para além do exposto, respondam a todas as questões por si colocadas e expliquem que terão de se ausentar para ir trabalhar, mas logo que possam voltarão para o ir buscar;
  • Se o vosso filho chorar e disser que não quer ir para a Creche, não cedam, por mais difícil que seja tomar esta atitude, é muito importante que se estabeleça uma rotina;
  • Despeçam-se sempre e após a despedida retirem-se de imediato da sala, pois ao prolongarem este momento estão a deixá-lo cada vez mais ansioso;
  • Cumpram tudo o que prometeram no ato de despedida e não se atrasem, principalmente nas primeiras semanas;
  • No regresso a casa conversem com o vosso filho, de forma entusiástica, referindo os espaços que observaram, as pessoas que conheceram (incluindo crianças e adultos), bem como a quantidade de brinquedos disponíveis.

Após alguns dias criam-se laços, laços que perduram e, as lágrimas que outrora chorámos, choraremos em tempos vindouros no momento da despedida! 
E as histórias que vivemos? Essas serão para sempre recordadas!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Ser Educadora de Infância na Valência de Creche é Algo de Extraordinário


Os três primeiros anos de vida são muito importantes no desenvolvimento da criança, tendo em conta as suas conquistas e aquisições diárias. Como tal, acompanhar estes acontecimentos e contribuir de algum modo para o seu desenvolvimento é, para mim, algo de extraordinário.
"A creche é o espaço onde o brincar é privilegiado e as relações são intensamente vividas." (Nuno Gonçalves). Brincar é uma das minhas tarefas preferidas, pois quando brinco com o meu grupo tenho a oportunidade de observar, de comunicar, de identificar sinais e de entrar no universo infantil.
A Creche é o espaço dos sentidos, da aprendizagem sensorial.
É, sobretudo, o espaço da partilha, dos cuidados, dos afetos, do colinho aconchegante, do abraço apertado!
Na Creche todos os dias se cresce! Não importa por isso a quantidade de trabalhos realizados, mas sim a qualidade dos momentos vividos, registados  para sempre na nossa memória.  

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A Mala das Histórias de Encantar


"Sapatinhos de veludo...
Nesta sala vão entrar...
Todos muito caladinhos...
Para a história escutar."

A literatura infantil transporta consigo potencialidades essenciais para a formação da criança, auxiliando-a em simultâneo, no processo de construção da sua personalidade. 
Através das histórias narradas, a criança tem a oportunidade de descobrir a magia da infância, de transpor universos, de vivenciar novas situações, de resolver possíveis conflitos interiores e problemas de ordem pessoal.
A mala das histórias de encantar surge como uma forma dinâmica e apelativa  de apresentar livros ao grupo. Para além do livro selecionado, poderá conter um conjunto de objetos relacionados com a história (fantoches, imagens, cenários, acessórios...), os quais serão desvendados progressivamente, de modo a proporcionar sucessivos momentos de surpresa.
As histórias para a infância encantam crianças e educadores que se envolvem verdadeiramente quando as contam, conferindo-lhes o seu toque pessoal. Contar histórias é uma das minhas paixões nesta profissão! 
No próximo ano letivo pretendo utilizar várias vezes esta ferramenta de trabalho tão especial, de modo a proporcionar ao meu grupo momentos inesquecíveis e a transmitir-lhes o gosto pela literatura. 
A mala será introduzida com a seguinte canção, pensada neste mesmo instante: 

"Ora deixa-me cá ver...
Que história a Lara vai ler...
Na mala das histórias de encantar,
Há muitas surpresas por revelar"

Esta é a minha mala das histórias! Espero que gostem! Já há algum tempo que procurava uma assim e no fim-de-semana vi esta e apaixonei-me!





"Com pózinhos de perlimpimpim a história chegou ao fim"

domingo, 17 de agosto de 2014

Educar Com Arte Numa Sala de 2-3 Anos


"Os espelhos são usados para ver o rosto; a arte para ver a alma".
George Bernard Shaw


Após o finalizar de um ano letivo é tempo de refletir e de partilhar a magia de momentos vividos. 
Ao longo deste ano o grupo da Sala dos Pescadores foi convidado a conhecer um leque de extraordinários pintores, descobrindo a sua essência.
Com poemas, fantoches, músicas e fotografias todos os dias se desvendava mais um capítulo das histórias de vida de cada pintor e se acrescentava um parágrafo às nossas próprias histórias.
E as técnicas de pintura utilizadas pelos pintores? Essas foram descobertas com a prática, experienciando! Para o efeito recorremos a vários materiais: panos, objetos de diferentes formas, rede de pesca, entre outros.
E eu, maravilhada com tamanha sensibilidade, observava os meus artistas quando realizavam as suas produções, orgulhosa das autênticas obras de arte que dali surgiam.
Com o tempo os pintores começaram a ser reconhecidos por todos os elementos do grupo de uma forma tão especial (avó Miró, pirata Lotto...), constituindo parte integrante da família da Sala dos Pescadores.
Foi para mim muito gratificante escutar as minhas crianças a empregarem termos relacionados com o universo da arte (paleta, pincel, quadro/tela...) e a partilharem com os seus papás o nome dos pintores trabalhados.
Durante a implementação deste projeto todos os dias fui surpreendida pelos meus pequenos GRANDES pintores. Todos os dias "pintámos" novas telas com momentos, cores e sentimentos!
E na despedida a este projeto... cada elemento do grupo teve a oportunidade de escolher o seu pintor preferido e de o "incorporar" numa atividade intitulada: "Vamos Ser Pintores". 
E assim... por entre telas, pincéis, cavaletes, paletas, aventais, boinas, echarpes e pulseiras... sentiram como Cármen Lara, descobriram as formas de Joan Miró, envolveram-se com a ternura do seio familiar de Lorenzo Lotto, conheceram os animais de Henri Matisse e exploraram as profissões de pintor e pescador segundo o olhar de Claude Monet. 
Obrigada por me proporcionarem momentos inesquecíveis, pintando o mundo com as mais belas cores da infância. Serão sempre os meus pintores de sonhos e de esperança! 
Termino com uma frase de Hohmann e Weikart (2009), que resume de forma exímia, o valor da arte na infância:

"A página com que começam está em branco, mas as crianças aprendem, por experiência própria com as tintas e os lápis, que a podem encher da maneira que faz sentido para elas, ficando assim como que com uns poderes mágicos para criarem imagens, histórias e produtos finais".


Livro infanto-juvenil que serviu de base para este projeto:
Um Dia o Pincel

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

As Estações da Nossa Infância

 
Na Primavera:
Escutamos atentamente os sons da natureza;
Descobrimos as cores desta estação;
Brincamos no exterior com toda a destreza!
Sentimos o perfume das flores;
Conhecemos novos odores!
Cantamos "A Primavera Já Chegou" e "Sobe Sobe Balão Sobe" com um brilho no olhar. Somos muito afinados, podes acreditar!


Canção: "A Primavera Já Chegou"
Melodia: "Sobe Sobe Balão Sobe"

A primavera já chegou,
Toda a terra vai florir,
Frutos novos em botão,
Estão a abrir.

Olha os ninhos tanta vida,
Olha os campos tantas flores,
A primavera é a festa da flor.

Olha os ninhos tanta vida,
Olha os campos tantas flores,
A primavera é a festa da cor.




No Verão:
Viajamos até à praia;
Construímos castelos de areia;
Sentimos o cheirinho a maresia,
Brincamos de noite e de dia.
Despedimo-nos dos nossos amigos,
Já com saudades da sua companhia! 
Cantamos "Toc Toc Chegou o Verão", uma autêntica lição!


Canção: "Toc Toc Chegou o Verão"

Toc toc chegou o verão,
Aprende esta canção,
Para o sol não ser um perigo,
Vem dançar e cantar comigo!

Na praia não pode faltar,
Chapéu e creme solar,
T-shirt, óculos e sandálias,
Para os teus pés não magoares!

Toc toc chegou o verão,
Aprende esta canção,
Para o sol não ser um perigo,
Vem dançar e cantar comigo!

Quando o sol brilha com força,
Na praia não podes ficar,
Do meio dia até ao lanche,
A sombra é a segurança!



No Outono:
Apanhamos as folhas secas que caem das árvores;
Somos exploradores da natureza.
Conhecemos novos sabores;
Com a castanha assada à mesa!
Cantamos "Quando Chega o Outono" com gestos a acompanhar.
Todos os dias são uma festa, vamos celebrar! 



Canção: "Quando Chega o Outono"

Quando chega o outono,
Voa andorinha,
Parte para o Sul,
Para a nova casinha.

Voa, voa, voa, 
Voa andorinha.
Voa, voa, voa,
Para a nova casinha.

Quando chega o outono,
Solta-se a folhinha.
Aparece o vento,
Uma brisa fresquinha.

Vu, vu, vu,
Solta-se a folhinha.
Vu, vu, vu,
Uma brisa fresquinha.

Quando chega o outono,
Colhe-se na vinha.
Arrefece o tempo,
Cai uma chuvinha.

Plim, plim, plim,
Plim, plim, plim,
Colhe-se na vinha.

Plim, plim, plim, 
Cai uma chuvinha. 



No Inverno:
Escutamos o vento soprar;
Está muito frio lá fora, 
Temos de nos agasalhar!
Cantamos "Faz Frio Chegou o Inverno", melodia que nos aquece a alma e o coração durante o dia. 


Canção: "Faz Frio Chegou o Inverno"

Faz frio, chegou o inverno,
Faz frio e logo vai chover.
É tempo de usar casaco,
Luvas, gorro e botas para me aquecer.

Faz frio, não posso ir para rua,
Faz frio, não posso ir brincar.
Vou ter que ficar em casa,
Juntinho à lareira, para me aconchegar. 



Sugestões de livros infanto-juvenis sobre a temática:
Adivinha Quanto  Eu Gosto de Ti na Primavera;
Adivinha Quanto Eu Gosto de Ti no Verão;
Adivinha Quanto Eu Gosto de Ti no Outono;
Adivinha Quanto Eu Gosto de Ti no Inverno.

Poesia:

A Primavera é o Tempo a Crescer;
O Verão é o Tempo Grande;
O Outono é o Tempo a Envelhecer;
O Inverno é o Tempo Já velho.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O Papel dos Avós Como Contadores de Histórias e Transmissores de Outro Repertório Oral

 
Ao recuar até à minha infância, recordo com saudade os serões passados em casa da minha avó, ao som de um pequeno rádio onde o fado fluía, embalando as suas doces palavras, ao narrar as histórias mais marcantes da sua vida.
No decorrer destes saudáveis diálogos, realizávamos uma paragem obrigatória numa pequena aldeia da Serra da Estrela, a qual a viu nascer e, seguidamente em Lisboa, localidade que a acolheu e onde constituiu família. Todos os dias haviam novas histórias para contar, acompanhadas de um doce brilho no olhar de quem as narrava e escutava atenciosamente. 
A minha avó era uma educadora por prazer e todas as suas ações refletiam um amor, cumplicidade, preocupação e cuidado notáveis. Deste modo, os momentos a seu lado serão para sempre recordados, bem como o conjunto de saberes por si transmitidos, de uma forma tão especial e única.


Avó,
Cada ruga da tua face,
Refletia uma história, um sentimento, um saber...
O emaranhado dos teus lindos cabelos brancos,
Espelhava os obstáculos de uma vida dedicada ao labor e à família.
Representavas o amor, a fé, a força e a perseverança. 
Sou grata por cada sorriso que outrora me ofereceste, 

Quando partilhávamos momentos de pura cumplicidade,
Onde o aroma a canela invadia o teu doce lar com as janelas entreabertas para a tradição: o fado.
Eras dotada de uma inigualável sinceridade,
Serás para sempre parte do meu ser,
Obrigada, ajudaste-me a crescer!

Da tua neta, Lara.


Os momentos de cumplicidade entre avós e netos revelam-se fundamentais para o desenvolvimento da criança, enriquecendo diariamente as suas vidas. 
Os avós são transmissores de histórias de família e de um vasto repertório oral (rimas, ditados populares, lengalengas, trava-línguas...), proporcionando o contacto com a tradição e a cultura.
Nestes momentos de partilha de olhares, palavras, gestos e sentimentos, os avós têm o privilégio de relembrar os contos que escutavam na infância, iniciando uma fabulosa viagem até ao passado que delicia avós e netos. 

Tal como refere Faria (citado por Sapo.pt, 2011),"(...) quem tem a sorte de ter uma avó ou um avô contador de histórias, verdadeiras ou imaginadas, tem para sempre a riqueza de momentos mágicos onde a imaginação fértil dos tenros anos nos projecta imagens encantadas, para sempre gravadas na memória". 

O panorama literário infanto-juvenil português reconhece a importância dos avós no quotidiano da criança, incluindo-os em várias obras destinadas à infância e juventude.
O contacto com a literatura referente aos avós, poderá sensibilizar as crianças para o importante papel destes elementos no seio familiar, auxiliando-as eventualmente a enfrentar com respeito e alguma naturalidade, aspetos como o envelhecimento e a morte.
 
Sugestões de livros infanto-juvenis sobre a temática:
A Avó e Eu;
Avô, Onde Estás?;
O Avô e Eu;
O Livro da Avó;
O Meu Avô;
Querida Avó.

Os avós são um tesouro precioso nas nossas vidas! É importante cuidar!

Um vídeo para refletir...


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Histórias da Nossa Infância? A Origem

 
O livro da minha vida é composto por  histórias do meu sentir: histórias de pessoas que conheci, de locais que visitei, de família, de amor, de amizade, de respeito, de perseverança e sobretudo de histórias da nossa infância "escritas" diariamente pelos meus mais estimáveis autores: as crianças.